quinta-feira, 12 de setembro de 2013

UMA POLÍTICA DESPORTIVA AO SERVIÇO DOS JOVENS DO CONCELHO

O artigo 79º da Constituição da República Portuguesa atribui ao Estado, nomeadamente às Autarquias Locais, o dever de promover, estimular, orientar e apoiar a prática e a difusão da cultura física e do desporto.

Este é um direito fundamental dos cidadãos e, por isso, a CDU propõe, por um lado, avaliar o mandato do executivo social democrata neste domínio, e, por outro lado, apresentar o seu plano estratégico de desenvolvimento desportivo do concelho de Paços de Ferreira.   

PROMETIDO - NÃO CUMPRIDO

Em 2009, o PSD assegurou a reeleição na Câmara Municipal de Paços de Ferreira, obrigando-se perante os pacenses num compromisso para o mandato que ora finda em 2013, com um extenso rol de promessas eleitorais, todas elas sob palavra de honra do seu presidente, Pedro Pinto.

O PSD prometeu, sob palavra de honra, um relvado sintético ou um polidesportivo em cada freguesia. Não cumpriu.

O PSD prometeu, sob palavra de honra, alargar os jogos concelhios ao desporto escolar e aos agrupamentos escolares. Não cumpriu.

O PSD prometeu, sob palavra de honra, criar um programa integrado de desporto sénior. Não cumpriu.

O PSD prometeu, sob palavra de honra, construir uma zona desportiva no espaço entre as piscinas municipais e o Estádio da Mata Real. Não cumpriu.

O PSD prometeu, sob palavra de honra, dinamizar o Conselho Municipal de Desporto. Não cumpriu.

O PSD prometeu, sob palavra de honra, introduzir o acompanhamento médico e o acompanhamento na recuperação de lesões dos atletas federados. Não cumpriu.

ALTERNATIVA CDU

A CDU entende que o descrédito dos cidadãos nos partidos e nos políticos que os representam e governam tem uma causa óbvia: a sistemática e demagógica quebra das promessas eleitorais, de que é exemplo a acção deste executivo social - democrata que, sem honra, meteu na gaveta o compromisso que o elegeu.
Por isso, pretendendo inverter esta tendência, entendemos que a política desportiva do município deve ser definida numa estratégia global de desenvolvimento da prática desportiva da população residente, especialmente dos jovens.

A Câmara Municipal deve promover a coordenação entre os vários sistemas desportivos: o escolar, o federado e o amador ou informal.

Esta coordenação não existe, os diversos sistemas desportivos circulam em "roda livre" e as escolas estão, também, desarticuladas entre si.

O Município deve assumir o papel de coordenador, zelando pela execução das políticas globais definidas.

Esta estratégia deve conjugar o movimento associativo e as escolas, competindo ao município os apoios logísticos, financeiros e organizacionais.

Neste âmbito, entendemos que a Câmara Municipal deve manter o auxílio que vem prestando ao movimento associativo, nomeadamente, o apoio em função de índices de número de atletas, escalões etários e modalidades desportivas, e com os encargos de inscrição de atletas e exame médico inicial.

Dada a escassez de recursos, deve privilegiar-se a prática desportiva dos jovens do concelho.

No futebol, a estratégia deve apontar para uma perspectiva piramidal: na base deve estar o desenvolvimento da prática da modalidade nos clubes das freguesias, potenciador do rendimento desportivo necessário ao topo, constituído pelas escolas de formação do SCF e do FCPF.

Os jogos concelhios devem retomar a dinamização que têm vindo a perder, propiciando os primeiros passos na prática desportiva, ainda antes do movimento desportivo federado.

Em último lugar, mas não com menos importância, entendemos dever alterar-se o rumo no apoio às coletividades através de equipamentos desportivos. A título exemplificativo, prometeram-se relvados sintéticos em todas as freguesias. Neste momento, apenas Paços de Ferreira e Freamunde beneficiam destes equipamentos, que não são de utilização coletiva. A CDU entende que na génese dos equipamentos desportivos deve estar um planeamento geográfico que permita construir menos (atenta a debilidade financeira da autarquia) mas obter a maior utilização coletiva, resistindo na medida do que for justo às pressões dos diversos clubes que, legitimamente, reivindicam as melhores condições.

Apenas assim se cumprirá satisfatoriamente o dever fundamental de promoção do desporto para todos.

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